29 outubro 2006

Resultado das eleições

Num post abaixo, eu disse que o melhor para Lula era que ele perdesse as eleições. Para o Brasil também seria melhor. Disse também que seria difícil convencê-lo a perder.

Como ele ganhou as eleições, saiu perdendo. O Brasil também saiu perdendo.

Então, agora o melhor é cada um cuidar da sua vida sabendo que os miseráveis cotinuarão mais miseráveis, os filhos dos miseráveis não terão perspectivas de futuro e o país está condenado a mais quatro anos de atraso.

Tecnicamente o mandato presidencial de Lula é ilegal (vide montanha de dólares apreendidos com o PT para influenciar as eleições).

O problema é que estamos num país em que a lei não vale quase nada.
Mas um dia valerá - até lá muito provavelmente estaremos mortos.

Atrasar a marcha do país rumo à frente é possível. Impedir não.

26 outubro 2006

Textos atualizados

Os textos abaixo foram atualizados. Eles foram escritos antes das eleições, eram parte de uma campanha pelo voto com a consciência limpa.

Algumas partes foram editadas, mas a essência do blog continua valendo, enquanto houverem eleições democráticas.

Antes de mais, esse é um blog pró-democracia - ou seja, respeito ao princípio de alternância de poder.

Defendo a verdadeira democracia, não as distorções que servem como discurso e pretexto para a ditadura.

25 outubro 2006

Que diferença faz um voto?

Quanto vale meu voto?

Um voto faz a diferença entre ganhar ou perder um eleição - o candidato vencedor precisa ter cinquenta por cento dos votos mais um.

E de quem é esse mais um, esse voto fundamental, um voto tão importante que decide quem vai governar sob vários aspectos as vidas de quase duzentos milhões de pessoas?

De quem é esse voto - que em casos extremos - faz a diferença entre a riqueza e a pobreza, entre a luz e a escuridão, entre o futuro e o passado, entre a prisão e a liberdade e até entre a vida e a morte?

De quem é esse voto que supera todos os outros?

Esse voto é meu. Essa pessoa sou eu. Essa pessoa somos nós.

O momento em que eu aperto o botão - esse frágil e minúsculo momento, essa insignificante fração de tempo - foi precedido por uma trajetória onde encontrei todo o tipo de gente - pessoas ricas, pobres, ignorantes, inteligentes, pessoas elegantes, esfarrapadas, honestas, sujas, limpas, perdidas, pessoas espertas, cansadas, dignas, envergonhadas...

Contemplo esse frágil e minúsculo momento de tempo, em que me encontro protegido apenas por uma simples cabine de papelão - dentre as milhares cabines de papelão onde todo o tipo de gente também aperta um botão. Nesse momento, sou mais poderoso que os generais. Sou mais rico que o foi o rei-sol. Essa singela cabine de papelão é mais resistente que exércitos blindados.

Nesse frágil e minúsculo momento de tempo , sou mais importante que o presidente – ele depende de milhões de voto e mais o meu – eu dependo apenas do meu.

Não queremos ao nosso lado, compartilhando nosso pequeno momento de grandeza, quem não tem consciência. Desejamo-lhes sorte e que sejam felizes em suas jornadas.

Mas a maioria dos milhões de eleitores têm consciência. Se quiserem votar num candidato sem ética, confrontados com a realidade dos fatos, no momento em que apertarem o botão, eles dirão para suas próprias consciências:

- Ele errou, mas fez bem feito. Não o pegaram.

Eu digo a esse eleitor :

-Tire esse peso da sua consciência - se você tem uma! Ainda há tempo.

Nesse frágil e minúsculo momento de tempo em que me encontro protegido por essa gigantesca cabine de aço resistente a bombas nucleares,
Eu desminto Fernando Pessoa

Sou tudo,
Sempre serei tudo
Posso querer ser tudo


Independente de quem vença quaisquer eleições.
Não sou um eleito – sou o eleitor.

Eu venci.

Esse voto é meu.
Esse voto é seu.
Esse voto é nosso.

Nós vencemos.

23 outubro 2006

Pacto com a governabilidade ou pacto com a criminalidade?

???

22 outubro 2006

Produtos e embalagens

Não entendo de marketing, mas como consumidor, entendo de produtos e respectivas embalagens - fato.

Como consumidor, não me deixo influenciar pela propaganda. Quero saber é se devo comprar o produto ou não. Se o vendedor for ruim, mas o produto bom, compro assim mesmo.
Se o produto for ruim, não existe "bom" vendedor que me convença a comprá-lo.

Um vendedor ruim - no meu caso - é aquele que não sabe dar as informações adicionais que quero saber a respeito do produto. Um vendedor bom ao contrário, é aquele que sabe dar as informações adicionais. Um vendedor excelente, é aquele que além de dar as informações adicionais que preciso saber, ainda "capta" a minha necessidade e me dá uma informação importante que eu não perguntei - ou seja, supera minha expectativa.

Um bom produto, além de atender às minhas expectativas, ainda precisa vir numa boa embalagem. A embalagem é importante, pois demonstra a preocupação do vendedor com a proteção do seu produto. Uma boa embalagem diz, antes de tudo, que o vendedor acredita no seu produto. Além disso, uma boa embalagem ainda confere estética - melhorando a percepção instintiva ao produto. Como qualquer outro animal, também sou movido por instintos, dentre os quais o ímpeto.

Por isso, não considero nem um pouco errado pagar os custos de uma boa embalagem. Se ela custar mais caro que o produto, nenhum problema. A embalagem é parte do produto.

No mercado temos:

Bons produtos bem embalados - são os que procuro;
Bons produtos mal embalados - só compro se não encontrar o que procuro ou precisar muito;
Maus produtos bem embalados - raramente me enganam - se os compro, percebo no dia seguinte e devolvo;
Maus produtos mal embalados - sem comentários.

Eu ainda não havia visto um programa eleitoral completo, apenas um flash aqui e outro acolá.
Ontem vi os dois programas quase completos - os únicos momentos em que eu mudava de canal eram quando Lula aparecia (algo que vai além da rejeição).

A propaganda de Lula era mais moderna, mais rica, mais estética, os apresentadores eram muito expressivos - creio ser mérito de Duda Mendonça; se não fosse propaganda de um produto tão ruim e a presença do próprio produto, eu a assistira completa com prazer.

A propaganda de Alckmin remetia a algo antigo, pobre, confuso. O apresentador-denunciante era inexpressivo. Infelizmente pois, o produto Alckmin era muito melhor, muito mais moderno e coerente. Poucos enxergaram isso.

Conclusão:

Alckmin era um bom produto mal embalado.
Lula era um mau produto bem embalado.

Seguindo o meu critério, o candidato ideal seria Alckmin com a embalagem de Lula. Como esse não existiu - e precisei escolher um - ficquei com Alckmin.

Lula e sua propaganda não me enganaram, mas enganaram muita gente.

Não julgo escolhas de marketeiros - mesmo porque resultado de propaganda não é algo mensurável - mas acho que precisam aplicar um benchmarking (processo de aprendizado com outros).

21 outubro 2006

Atenção

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O que é melhor...

O que seria melhor para Lula
Que perdesse as eleições - não foi possível convencê-lo.

O que é melhor para o PT
Que deixe o ideário marxista no passado.

O que é melhor para o PSDB
Que se transforme no Partido da Democracia Brasileira

O que seria melhor para a maioria
Que Lula perdesse as eleições

O que é melhor para mim
Que a maioria esteja melhor. E que as pessoas - independemente de religião, ideologia, preferência sexual, cor e o que quer que seja - tenham dinheiro para comprar meus serviços profissionais e os dos meus concorrentes competentes.

Como os anti-Lula/PT ajudaram a reeleger Lula/PT

Desde o registro dos candidatos oficiais, o único com chances razoáveis de derrotar Lula foi Alckmin.

Mas essa foi uma tarefa muito difícil para Alckmin, porque desde o começo ele esteve sob cerrado fogo amigo.

Fogo amigo é na verdade fogo de amigo. Numa guerra, é quando você mata seu aliado, favorecendo seu inimigo, que terá um a menos para combater.

Logo no início, a maioria dos eleitores anti-Lula lamentavam que o candidato não era José Serra. Mas Serra não era candidato ora diabos, então esse lamento foi uma idiotice que só teve o efeito de enfraquecer Alckmin. E os lulo-petistas se deliciando.

Em seguida, o apelido Chuchu, repetido de forma depreciativa à exaustão por seus próprios eleitores. E os lulo-petistas se deliciaram.

Em seguida, a recomendação do notável anti-Lula/PT, Diogo Mainardi, recomendado votar em Alckmin com o nariz tapado. Isso é especialmente curioso - porque tapar o nariz para votar especialmente em Alckmin? Votar com o nariz tapado deveria ser uma regra válida para qualquer político - portanto recomendá-lo especialmente para Geraldo Alckmin teve o único efeito de favorecer Lula e o PT.
Analisando: o eleitor de Lula votou sem tapar o nariz. O eleitor de Alckmin votou tapando o nariz. Um terceiro eleitor neutro, logicamente votou em Lula. E os lulo-petistas se deliciaram.

Em seguida, bordões como:

- O candidato não empolga. (Quem procura empolgação deve ir a um estádio de futebol. Por outro lado, a lista dos políticos que mais empolgaram é encabeçada por Hiltler, e ainda constam nela, nas primeiras posições, figuras como Lenin, Stalin, Fidel Castro e por aí vai).

-
O candidato é fraco. (Como se tenacidade, otimismo, honestidade e competência admnistrativa fossem sinais de fraqueza).

-
O candidato não é popular. (Lula é popular é isso que desejam?)

- O candidato não tinha chances de chegar ao segundo turno. (o fato concreto é que chegou - e os lulo-petistas não se deliciaram).

Ainda há chance dos lulo-petistas não se deliciarem mais. Basta que as oposições sejam mais leais e menos sonhadoras.

P.S. Desnecessário comentar a quantidade de votos que César Maia e Denise Frossard conseguiram para Lula.